Aos paroquianos do Capelo, Ouvidoria da Horta.

Em plenas festas de natal e de início do novo ano fomos surpreendidos pelo triste e dramático facto do incendio da Igreja paroquial do Capelo.

Quero expressar ao Revmo Pároco, o Senhor Padre Fábio Carvalho, e a todos os paroquianos a minha sentida dor e a minha profunda solidariedade por tão nefasto acontecimento.

Tenho presentes os bombeiros que na sua missão de servir o seu próximo ficaram feridos no combate a este incendio. Apresento-lhes o meu apreço e gratidão e faço votos de um rápido restabelecimento.

Independentemente do que originou este sinistro, estamos perante uma provocação ao sentimento religioso e comunitário, mas igualmente uma profunda ofensa ao património de um povo que tem na sua Igreja paroquial o sinal da sua vivência de relação com Deus mas igualmente o sentido de pertença comunitária.

Na esperança de que as autoridades competentes possam averiguar a origem de tão dramático sinistro, quero apelar à comunhão e à unidade de todos os paroquianos do Capelo e de toda a Diocese.

Com a capacidade demonstrada em outros momentos difíceis da história do nosso povo, certamente encontrareis a capacidade para responderdes a mais este desafio.

Convictos de que as autoridades públicas estarão sensíveis para colaborarem na reedificação do património da Igreja do Capelo, em tempo oportuno, solicitaremos também a partilha fraterna de todos os diocesanos para vos ajudarem, irmãos residentes no Capelo, para que não vos faltem os meios para novamente reconstruirdes a vossa Igreja.

Como já solicitei ao Revdo Pároco, o Senhor Padre Fábio, enquanto não puderdes usufruir deste espaço devidamente recuperado para a s vossas celebrações, deve-se encontrar um outro que sirva de encontro celebrativo comunitário.

Imploro da Santíssima Trindade as Suas Bênçãos para todos vós e que Nossa Senhora, Mãe e Rainha dos Açores, acolha as vossas necessidades e as vossas preces.

 

+João Lavrador, Bispo de Angra e Ilhas dos Açores